Número de carros circulando com defeito no airbag ultrapassa 2,5 milhões no Brasil.

Número de carros circulando com defeito no airbag ultrapassa 2,5 milhões no Brasil.

Número de carros circulando com defeito no airbag ultrapassa 2,5 milhões no Brasil. Sete anos após identificação da falha nos airbags da empresa japonesa Takata, o grave defeito no airbag que gerou o maior recall do mundo e do Brasil, e causador de 27 mortes, entra, agora, na fase de maior risco.

Apesar do chamado, mais de 60% dos veículos que estão com o problema ainda não foram reparados no país, que em 2021, entra na fase de maior risco para motoristas e passageiros, segundo especialistas. Para piorar a situação, a quantidade de carros consertados cai há cinco anos seguidos e chegou ao menor nível em 2020.

A falha atinge carros de quase 20 montadoras. E em todo o mundo, ao menos 27 pessoas já morreram por causa do defeito e 290 se feriram. No Brasil, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça registra duas mortes.

Leonardo Marques, coordenador-geral de consultoria técnica e sanções administrativas da Senacon, explica que o período entre 2020 e 2023 representa o auge do risco de explosão dos airbags defeituosos:

“A gente pega esses anos de 2020 a 2023, são os anos que a gente vai ter que atuar com uma vigília mais intensa porque vai ser, justamente, o período em que os últimos veículos com o airbag Takata vão começar a ter essa explosão com maior intensidade, ao mesmo tempo que vai ser justamente o momento em que os veículos vão ser disponibilizados para as classes D e E. Me parece que precisamos ter um cuidado especial a partir deste ano de 2021.”

A preocupação com o defeito nos airbags aumenta com o passar do tempo. Isso porque a falha acontece quando um componente químico presente no airbag, o nitrato de amônio, se deteriora. O que causa essa deterioração é o contato com temperaturas altas e umidade elevada, condições comuns no Brasil.

Para Marques, é preciso aumentar a quantidade de carros consertados daqui para frente:

“Precisamos alertar que esse ciclo de vida de sete anos vai pegar todo o mercado brasileiro. Essa é a nossa preocupação, de que esse ciclo de vida de sete anos passaria a pegar 100% do mercado de consumo, dos veículos das classes A a E. O fato é que as montadoras tem que começar a se atentar para esse ponto.”

O Ministério da Justiça já identificou 4.267.050 carros vendidos no país com o equipamento. Mas, até agora, apenas 1.600.935 já foram consertados, o equivalente a 37% do total.

As campanhas de recall começaram em 2013 e vêm apresentando baixos índices de atendimento. Desde 2016, a quantidade de carros consertados diminui ano após ano. Devido à pandemia, o volume de carros atendidos em 2020 foi o menor já registrado. Dos 301 mil carros incluídos no chamado no último ano, pouco mais de 1,4 mil compareceram às concessionárias e oficinas autorizadas.

A Senacon não divulgou nenhum tipo de campanha para aumentar os índices de atendimento. Mas, conta com uma nova regra que registra a falta de conserto no Certificado de Registro do veículo e com uma parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados para enviar comunicados aos motoristas.

O policial militar Tiago Ferreira foi a primeira vítima do defeito no país. Em 2018, ele sofreu um acidente em baixa velocidade, mas o airbag rompeu, causando lesões graves.

“Eu estava indo trabalhar e o carro da frente brecou de vez e eu não consegui frear também. Não foi uma batida muito forte, mas o suficiente para poder acionar o airbag. Eu senti uma explosão muito forte e eu fiquei surdo por um momento. Naquele momento, a gente pensou que eu tivesse tomado um tiro, só que o ferimento era muito grande. Um tiro não faz isso.”, relembra Tiago.

O carro de Tiago fazia parte do recall desde 2015. Ele foi comprado como seminovo e o policial afirma que não soube do defeito antes do acidente.

Casos como esse são os que mais preocupam a Senacon, já que a transferência de carros usados entre diferentes donos dificulta a comunicação.

Mas, as montadoras seguem sendo as responsáveis pelo risco, mesmo depois que o recall é comunicado.

Todos esses airbags foram produzidos pela empresa japonesa Takata, que chegou a ter três fábricas no Brasil e uma no Uruguai. O avanço da empresa no país ganhou força no início dos anos 2000, quando os airbags duplos se tornaram obrigatórios.

A empresa chegou a dominar cerca de 50% do mercado nacional. Com o desgaste global e um prejuízo que chegou a ser estimado em US$ 10 bilhões, a Takata decretou falência e transferiu parte de suas operações para outras empresas.

Hoje, já completamente recuperado, o policial militar Tiago Ferreira faz um alerta a quem ainda não levou o carro para o conserto:

“Eu acho que mais pessoas podem passar por isso. Eu acredito que a maioria ainda não sabe, como eu também não sabia, e esse problema só está se agravando durante o tempo. Nosso país é tropical, bastante calor, e esse airbag acaba se alterando. Se você está escutando, corra, vá fazer o recall, troque esse airbag e não passe pelo que eu passei.”

Créditos: GUILHERME MUNIZ ([email protected])

Para saber se o seu carro está envolvido no recall, acesse a página de recall no site da fabricante do veículo e busque pelo número do chassi do seu carro.

CONFIRA A BAIXO A LISTA DE MODELOS CONVOCADOS PARA RECALL:

Audi Q5 2.0 TFSI e SQ5 3.0 TFSI (2015)

BMW 320i/A, 325 i/A, 325 Ci/A, 330 i/A, 330 Ci/A, 330 SMG Motorsport e M3 Coupé (2001 e 2003)
BMW 325Ci Coupé, 325i, 330Ci Cabrio, 330i, 540i, M3 Coupé, M5, X5 3.0i e X5 4.4i (2002 a 2006)
BMW 320i, 323i, 325i, 325i Coupé, 330i, 330i Cabrio, 525i, 530i, 525i, 530i, 540i, 540i M Sport, M3, M5, X5 3.0i, X5 4.4i (2017)
BMW 325i (2001 e 2002)
BMW 323Ci, 323i, 328Ci, 328i e 330i (1998 e 2000)

Chevrolet Agile e Montana (2014 e 2015)
Chevrolet Sonic, Cruze e Tracker (2012 a 2018)
Chevrolet Celta e Classic (2013 a 2016)

Chrysler 300C (2004)
Chrysler 300 (2016)
Chrysler 300C (2009, 2010 e 2013)
Chrysler 300C (2014 e 2015)

Ferrari California T (2015)

Fiat Uno (2016)
Fiat Uno, Novo Palio, Grand Siena (2013 e 2014)

Ford Fusion e Edge (2006 a 2012)

Honda Civic e CR-V (2013)
Honda CR-V, Civic, Accord (2014)
Honda Accord, Civic, Fit e CR-V (2014)
Honda Fit, Civic e CR-V (2015)
Honda Fit, City, Civic e CR-V (2015)
Honda Fit e City (2016)
Honda Fit, City, Civic, CR-V e Accord (2016)
Honda GL 1800 Gold Wing (2013 a 2017)
Honda Civic, Fit, City e Accord (2017)
Honda Honda Fit e City (2012 a 2013)
Honda Accord (2002 e 2007)
Honda Fit, Civic, Accord, CR-V (2000 a 2008)
Honda Civic, Accord, CR-V, Odissey, Accord, CR-V (1996 a 2000)

Jeep Wrangler (2016)
Jeep Renegade (2016)
Jeep Wrangler (2017)
Jeep Wrangler (2009, 2010 e 2013)
Jeep Wrangler (2014 e 2015)

Lexus ES 350 (2006 a 2011)

Mercedes-Benz SL e SLK (2014)
Mercedes-Benz (2005 e 2016)

Mitsubishi Lancer Evo VIII e Evo IX (2015)
Mitsubishi L200 Triton (2004 a 2010)
Mitsubishi Pajero Full (2016)
Mitsubishi Pajero Full (2007 a 2010)
Mitsubishi Pajero Full (2013 e 2017)

Nissan Pathfinder (2014)
Nissan March, New March e Versa (2011 a 2014)
Nissan Pathfinder (2015)
Nissan Pathfinder, Xtrail e Sentra (2004 a 2008)
Nissan Frontier (2007 a 2011)
Nissan Livina, Livina X-Gear, Grand Livina, Tiida e Tiida Sedan (2007 a 2011)
Nissan Frontier, Livina, Livina X-Gear, Grand Livina, Tiida e Tiida Sedan
Nissan Frontier, Pathfinder e Sentra (2001 a 2008)

RAM 2500 (2009)

Renault Sandero e Duster (2017)

Subaru Impreza WRX Sedan e WRX Sport Wagon (2015)
Subaru Legacy, Outback e Tribeca (2004 a 2008)
Subaru Subaru Forester 2.0 e 2.5 Turbo, Subaru WRX STI 2.5 Hatch, Subaru WRX 2.5, Subaru Impreza 1.5 Hatch e Subaru IMPREZA 2.0 (2007 a 2009)
Subaru Subaru Legacy, Outback, Tribeca, Forester, Impreza, WRX e WRX STI (2010 a 2013)
Subaru Subaru Legacy GT e Outback (2014)
Subaru Subaru modelos Legacy, Outback, Impreza,WRX, STI e Forester (2004 a 2015)

Toyota Corolla SEG e XEi (2002 e 2003)
Toyota Corolla XEi e SEG (2002 a 2003)
Toyota Corolla e Fielder (2003 e 2007)
Toyota Hilux, SW4 e Rav 4 (2003 e 2005)
Toyota Corolla XLi, Corola XEi, Corolla SE-G, Fielder XEi e Fielder SE-G (2015)
Toyota Hilux C, Hilux SR, Hilux SRV, SW 4 SR, SW4 SRV, Corolla XLi, Corolla XEi, Corolla XRS, Corolla SEG, Corolla Altis (2006 a 2011)
Toyota Corolla (2007 e 2009)
Toyota Corolla e Toyota Etios (2012 a 2014)
Toyota Etios, Hilux e SW4 (2014)
Toyota Corolla (2010 e 2014)

Volkswagen Tiguan (2015)

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